Desfilar
pelas ruas com minhas escolhas é levar comigo muitas existências. Todas
em uma, brilhando juntas no meu jeito de andar. Caminhar como quem escreve um poema.
O corpo é a caneta, o pincel de pintar o tempo em que estou e estive. A vida em
movimento: inteira, nova, mutante. O que enfeita meu corpo faz do meu vulto imagem
nítida e com volume. Sou mais que necessidade, sou desejo. Sou mais que alimento,
sou banquete. Mais que eu, sou muitas.
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